Nesta segunda-feira parte das maiores empresas digitais acordou offline por falha da AWS

Nesta segunda-feira, parte das maiores empresas digitais acordou offline. Desta vez, a culpa não foi da sua internet. Uma falha na nuvem da Amazon derrubou serviços de empresas como Fortnite, Mercado Livre, HBO, Alexa e dezenas de outras gigantes. Tudo começou em uma única região da AWS, na Virgínia, e foi o suficiente para causar um efeito dominó em escala global.

Esse tipo de incidente é um lembrete do que chamamos de single point of failure. Quando toda uma operação depende de um único ponto, uma falha local se transforma em um colapso mundial. E essa história não é nova. Aconteceu antes, vai acontecer de novo e, mesmo assim, muitas empresas continuam centralizando suas operações em um só ambiente, acreditando que “na nuvem nada cai”.

A verdade é simples: nuvem também cai.
E quando cai, leva junto quem nunca planejou redundância.

Resiliência não se constrói apenas com capacidade de processamento. Ela nasce da distribuição inteligente, da diversificação e de um planejamento real de continuidade. Depender de um único provedor, de uma única nuvem ou de uma única rota é o mesmo que apostar toda a operação em um único datacenter, só que com outro nome e uma fatura em dólar.

Não se trata de desconfiar da AWS. Trata-se de entender que nenhuma infraestrutura é infalível. Quem opera serviços críticos precisa pensar em continuidade, não em conveniência.

Hoje foi a Amazon. Amanhã pode ser qualquer um de nós.
A diferença está em quem aprende a lição.

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