O futuro do Mercado de trabalho  

No episódio lançado hoje no Sunday Drops Podcast, Bruno Koba levanta uma questão extremamente relevante:

O Job Market hoje está bastante difícil. Mesmo para MBAs que se formam em Stanford, Harvard, as top schools nos Estados Unidos. Trabalhos como Go-to-Market, Sales Representatives, BizDev em startups tem sido automatizados e diminuiu a quantidade de vagas. 

É um job market difícil mesmo pra pessoas mega qualificadas e com mais layoffs acontecendo no mundo de tecnologia, isso só vai piorar. Então, eu fico bastante preocupado com o cenário do mercado de trabalho no mundo no futuro e, ao mesmo tempo, acreditando no potencial de AI. 

Muitas vezes, temos a visão ingênua de que a tecnologia vai apenas nos liberar de tarefas mundanas e repetitivas. No entanto, o outro lado da moeda é que as ferramentas tecnológicas e a AI elevam as expectativas sobre a qualidade e a quantidade do trabalho produzido. Apenas entender de estratégia e negócios pode não ser mais suficiente para acessar as mesmas oportunidades de antes. Talvez seja necessário adicionar habilidades como programação, escrita ou outros atributos valorizados. Em resumo, será preciso mais para alcançar o mesmo patamar.

O que está acontecendo nas melhores universidades do mundo é um presságio do que veremos em 5-10 anos em outros lugares. Um exemplo claro disso é o caso da Klarna (que também comentamos no pod): ela é uma empresa de buy now, pay later que está se preparando para um IPO. Saiu a notícia esta semana que eles cortaram cerca de 40% de sua força de trabalho, utilizando AI/Tech para automatizar tudo o que é possível, gerando um tremendo ganho de eficiência em suas operações.

Curiosamente, poucos jornalistas discutiram as implicações desse gigantesco layoff, que é emblemático. Se o caso dele for sólido e acontecer em outras empresas de tech, há uma consequência clara para o mercado de trabalho: será muito mais competitivo para empresas de tech, o que conversa com o que estamos vendo hoje no job market.


Você sabe o que está em comum entre todas essas histórias? 

É que para se destacar, você precisa ser excelente. E excelência vem de dois aspectos: a) ou você é melhor que todos b) ou você é diferente de todos.

Felizmente, ou infelizmente porque irá afetar toda a estrutura social, a mediocridade vai ser muito afetada. No mundo atual, a excelência não é apenas uma vantagem competitiva—é uma necessidade.

Nos resta correr mais rápido. A excelência nunca foi tão importante. 

Por: Lucas Abreu