Em 11 de março de 2005, Kevin Berthia, então com 22 anos, escalou a grade da Golden Gate Bridge com a convicção de que ninguém mais escutava sua dor.
Já havia enfrentado 22 internações psiquiátricas por depressão e, após o nascimento prematuro da filha, acumulava uma dívida médica de mais de 250 mil dólares.
O peso da vida parecia insustentável.
A 67 metros de altura, do lado de fora da grade de proteção, Kevin se preparava para saltar. Mas então ouviu uma voz:
“Ei, espera um minuto.”
Era o sargento Kevin Briggs, da Patrulha Rodoviária da Califórnia.
Ele não gritou, não ordenou. Ajoelhou-se, olhou nos olhos de Kevin e começou uma conversa de 92 minutos de humano para humano.
Briggs escutou, acolheu, trouxe à tona lembranças da filha de Kevin.
Com empatia e paciência, foi criando uma ponte mais forte do que o abismo.
E Kevin, aos poucos, se permitiu voltar. Recuou pela grade. Chorando, mas vivo.
“A única razão pela qual estou aqui hoje é porque alguém me escutou quando mais precisei.” – Kevin Berthia
Hoje, Kevin é palestrante, defensor da saúde mental e pai de dois filhos.
Criou uma organização para apoiar quem também já pensou em desistir.
E o sargento Briggs, conhecido como “O Guardião da Golden Gate”, já ajudou mais de 200 pessoas a escolherem continuar.
Essa história não é só sobre prevenção do suicídio.
É sobre a força do ouvir com presença. Sobre o impacto de uma conversa real em tempos de silêncio e invisibilidade.
Você já escutou alguém hoje de verdade?
Porque às vezes, tudo o que alguém precisa para continuar… é ser escutado.
Fontes:
The New York Times – “A Stranger’s Voice Kept Him From Jumping”
BBC News – “The Cop Who Talked 200 People Out of Suicide”
Kevin Berthia Foundation
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