Eu não sei em que Brasil vocês vivem. Eu vivo no Brasil que trabalha, produz e se esforça para as coisas melhorarem.
Boa parte do nosso fracasso como país vem de gente que nem merece o que há por aqui. Como vamos melhorar, se nem acreditamos no potencial, no capital humano e natural, que temos?
Se não concordam com a política, por que não se engajam nos partidos locais? Se não gostam da forma como a sociedade se organiza, por que não são mais atuantes nas sociedades de classes? Se não gostam da corrupção, por que se comportam de forma corrompida em tantos aspectos da vida?
As vezes acho que falta ao brasileiro assumir sua parcela de culpa em tudo que está dando errado e se engajar para melhorar.
Somos um país em construção. Não temos guerras nem convulsão social. Sinto que muita gente, que não quer construir nada, quer emigrar para países com infra pronta, como o adolescente chorão que quer o quarto arrumado pela mãe. Pois bem, vejam a bagunça que estão virando regiões de países do 1o mundo que estão recebendo pessoas que querem apenas usufruir.
Não existirá lugar bom no mundo se não houver a vontade e a disposição de fazer daquele lugar, bom.
Temos uma série de problemas. Porém, se as pessoas tomarem para si a responsabilidade para resolvê-los, há chance de melhorarmos. Esta é a verdadeira revolução cultural que precisamos. Curiosamente, uma revolução conservadora.
Para onde todos querem emigrar? EUA, Europa, Canadá, Japão. O que criou os aspectos positivos, que tanto valorizamos nestes lugares? Dedicação, trabalho, estudo, religiosidade, senso de comunidade e pertencimento. Ou seja, valores conservadores.
Notem: a revolução que precisamos, que irá transformar o Brasil no país que almejamos, passa pelo contrário de muito do que temos hoje em voga na sociedade.
O “progressismo” (odeio este termo, dá a impressão que a esquerda detém o monopólio do progresso), só está aprofundando nossos problemas, ao incutir na cabeça das pessoas que um ente difuso e distante como o Estado é capaz de resolver todos nossos problemas. Numa sociedade sadia, o Estado é importante, mas é apenas mais um dente de uma engrenagem muito maior.
Sei que boa parte da nossos antepassados viram o Brasil como um bote salva vidas. Um lugar para se refugiar das guerras e miséria que assolavam outras partes do mundo. Nossa missão, tantos anos depois, é transformar esse bote salva vidas em um lugar desenvolvido. E não precisamos reinventar a roda. A fórmula para isso existe há séculos: amar sua família, se portar como uma pessoa decente e correta, e tentar fazer o melhor possível no lugar onde vive.
E que venha, para ficar, uma onda conservadora, pois esta é a verdadeira revolução cultural capaz de fazer da nossa terra um lugar melhor.
Por: Mat