A execução de um delator do PCC no aeroporto de Guarulhos é uma demonstração clara e inequívoca de força do crime organizado. Um tapa na cara do Estado brasileiro.
Segundo divulgado pela mídia, o PCC teria oferecido um prêmio de 3 milhões de reais pela cabeça dele. E este valor, por si só, é até mais significativo do que a execução em si. Se pagam 3 milhões como prêmio por uma vingança, quanto pagam a policiais e juízes corruptos por sua liberdade? Possivelmente propinas ainda mais sedutoras.
O tráfico de drogas movimenta quantidades de dinheiro gigantescas. A droga, por ser proibida, tem alto valor no mercado e a margem de lucro dos grandes traficantes é muito grande. Com isso, têm dinheiro de sobra para encomendar mortes e comprar as autoridades que quiserem.
É ingênuo achar que na poícia, no Ministério Público e no Judiciário haverá um quadro de servidores públicos 100% honesto, disposto a recusar diariamente propinas de milhões de reais oferecidas por estas facções. É uma guerra perdida. Sempre haverá uma parcela que irá se corromper e isso bastará para os objetivos destas facções.
É preciso secar a fonte de dinheiro deles. E só tem um jeito efetivo de se fazer isso: descrimnalizando as drogas. Principalmente a maconha que é o principal produto dos traficantes brasileiros.
Com o simples ato de descriminalizar a maconha, haverá uma redução significativa do dinheiro do tráfico. Menos dinheiro para comprar armas, menos dinheiro para encomendar mortes, menos dinheiro para pagar propinas.
É uma conta muito simples de fazer, que muitos países já fizeram.
Maconha é uma droga sabidamente incapaz de matar alguém de overdose e que não deixa ninguém mais violento após usá-la. Não há razões maiores para criminalizar a maconha do que para crimianlizar o alcóol ou a nicotina.
A descriminalização da maconha geraria ganhos para a economia formal e arrecadaria impostos para o Estado. Mas seguimos querendo resolver um problema de saúde pública com polícia e judiciário.
A esta altura do campeonato certamente pululam propostas de aumentar o rigor da lei penal para as facções criminosas. Vai resolver? Claro que não! Se eles têm milhões para corromper autoridades, não adianta prever pena de morte para traficante, né?
A conta é muito simples de ser feita. Me assusta a dificuldade que os políticos e a população em geral têm de aceitar o resultado.
Por:
Apaixonado por internet desde os tempos da Internet discada!