André Wilson Guerra ficou 6 meses preso por incitar os atos de 8 de janeiro
Quando foi preso em dezembro de 2023, ele disse aos policiais que era candidato a presidente, que era perseguido 24 horas por dia e que havia terroristas no bairro onde mora, em Piumhi (MG). Os policiais desconfiaram na hora que ele tivesse sérios transtornos mentais.
No dia seguinte a prisão, o Min. Alexandre de Moraes determinou que fosse feita uma perícia psiquiátrica, mas ela só foi concluída 5 meses depois.
Esta semana, em março de 2025 o Min. Alexandre de Moraes o absolveu e determinou que ele cumprisse medida de segurança ambulatorial (solto).
Um dia, na remota possibilidade deste país ir pra frente, um historiador ou talvez um cineasta conte a história de André. Um homem inimputável que ficou preso 6 longos meses, em nome da democracia, porque falava suas maluquices nas redes sociais.
Espero que contem também que juristas, professores universitários e paladinos do Estado Democrático de Direito apoiaram tácita ou expressamente uma barbaridade jurídica destas, tudo em nome da democracia.
O Brasil é um país tão sofrível do ponto de vista jurídico que as pessoas acham razoável que os buchas-de-canhão do golpe, entre eles velhinhas e inimputáveis de toda sorte, sigam presos preventivamente (representam risco à ordem pública?!?!) enquanto os generais e o presidente que supostamente tinham a faca e o queijo nas mãos sigam soltos por aí.
Se isso não choca o mais elementar senso de justiça de alguém, porque pra combater o inimigo vale tudo, eu só fico me perguntando:
Com tantos democratas entusiastas da prisão de seus inimigos políticos, quem irá defender a liberdade?
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