Neste mês, o plano Collor, que confiscou a poupança dos brasileiros, completa 35 anos. Em 16 de março de 1990, o governo estabeleceu o plano para conter a hiperinflação no Brasil com medidas como o congelamento de saldos em contas correntes e cadernetas de poupança, a substituição do cruzado novo pelo cruzeiro, privatização de estatais, entre outros.
𝗣𝗹𝗮𝗻𝗼 𝗖𝗼𝗹𝗹𝗼𝗿: 𝗼 𝗱𝗶𝗮 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗱𝗶𝗻𝗵𝗲𝗶𝗿𝗼 𝘀𝘂𝗺𝗶𝘂
Você já imaginou acordar e descobrir que o dinheiro que você guardou com tanto esforço simplesmente desapareceu?
Isso aconteceu no Brasil há 35 anos. Em março de 1990, o Plano Collor congelou contas bancárias e aplicações financeiras, deixando milhões de pessoas sem acesso ao próprio dinheiro.
O desespero foi geral. Empresas quebraram, pessoas tiraram a própria vida, famílias viram suas economias sumirem, e a confiança na economia foi abalada.
Na época, eu tinha 15 anos e faria aniversário dali a alguns dias. Estava iniciando minha vida profissional como menor aprendiz e já sonhava em ser economista.
Em meio ao cenário de caos, eu queria muito entender o que estava acontecendo, por que o país vivia aquela crise e como as decisões econômicas impactavam diretamente a vida das pessoas.
Além de fazer o dinheiro sumir, o governo Collor também é lembrado por ter promovido a abertura da economia, permitindo a entrada de produtos importados e estimulando a modernização da indústria e, isso trouxe avanços, mas também desafios: não houve preparo e diversos setores enfrentaram dificuldades para competir com o mercado externo.
Mesmo com todas as trapalhadas do governo, algo me marcou positivamente: pela primeira vez, uma mulher, Zélia Cardoso de Mello, comandava o Ministério da Economia.
Para uma menina pobre, negra, filha de uma gari, ver uma mulher ocupando esse espaço foi uma fonte de inspiração.
A economia é feita de ciclos, crises e aprendizados. Apesar do Plano Collor ter sido um dos momentos mais dramáticos da nossa história da economia brasileira, também trouxe reflexões importantes.
E você, lembra desse período ou sabia deste episódio da história brasileira?
Imagem: capa da Revista VEJA, março de 1990.
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