A pec da transição aprovou em 2023 a maior expansão de gastos públicos em um primeiro ano de governo. Isso para uma economia que já crescia a 3% ano sem muita capacidade ociosa.
Em 2024, somaram mais gastos chegando a R$400 bi/ano em relação a 2022. Comparando com a tendência anterior com o teto de gastos, abrimos cerca de 2 p.p. de despesa sobre o PIB.
De maneira acelerada, sem estudos de impactos e pouco controle sobre irregularidades, o que vimos foi uma disputa de quem gasta mais, entre benefícios sociais, emendas sem transparência e penduricalhos para a elite.
Parte da equipe econômica tentou correr atrás do prejuízo aumentando impostos, mas o déficit fiscal não foi resolvido e o nominal disparou com toda a incerteza.
O resultado: chegamos na metade do governo com inflação em alta, dívida e juros elevados e carga tributária ainda mais alta. Não deveria ser surpresa a baixa popularidade do governo.
Rafaela Votoria
