Ontem o improvável aconteceu. E não foi sorte.

Nas minhas franquias em São Paulo, o 99Food passou o iFood em vendas.

📊 99Food: R$ 1.211,70
📉 iFood: R$ 940,81

Detalhe:
— Há 3 semanas, o iFood liderava com folga.
— Desde então, o 99 cresceu 250% no comparativo semana 1 x semana 4
— O iFood caiu 15%.

E não foi uma exceção:
Isso vem se repetindo em dias úteis.
O iFood só segura a ponta no final de semana.

Como executivo, eu entendo o discurso do CEO do iFood:

“Não vamos entrar em guerra de preço.”
Já o ouvi falar isso algumas vezes. E respeito.
Faz sentido… no PowerPoint, na apresentação para o Board.

Mas na vida real? No balcão, onde o custo tá comendo a margem?

Quem briga por preço é quem não construiu marca nem produto?

Não.

Quem briga por preço é quem não tem escolha.
Porque a margem do comerciante foi embora com as taxas.

60% dos restaurantes não chegam ao 2o ano de vida, 90% morrem em até 4 anos.

Na cadeira de Executivo – Head de Produto no iFood, minha estratégia seria outra:

– Escutaria o comerciante antes do investidor.
– Reduziria a fricção, não só em UX, mas em custos.
– Usaria a base do marketplace pra gerar mais valor, não só mais taxa.
– Integraria dados e IA pra melhorar conversão real, não métrica de vaidade.
– Agiria rápido.

O 99 não venceu só no preço. Venceu na escuta. Na agilidade. Pelo menos até aqui.

Na simbiose com quem bota o comida na sacola.

📆 Dia 08/10/2025 foi um ponto fora da curva ou foi o primeiro sinal de virada?

P.S.: Isso não é torcida. É diagnóstico.


Sou o Leandro Scripiliti. Trabalho com tech e produto, aprendo com negócios reais e compartilho o que faz diferença. Me segue por aqui.

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