O Brasil deve estrear no mercado de lítio no primeiro trimestre de 2023. O material é cobiçado pois tem ampla utilização nas baterias, cada vez mais usadas para fabricação de eletrônicos e carros.
O projeto de exploração por aqui é da Sigma Lithium, que irá extrair o minério em Minas Gerais e se consolidar como uma das maiores empresas do ramo no mundo. É esperado que a indústria de carros eletrônicos produza 51 milhões de veículos em 2030, aumentando a demanda pelo lítio — o preço médio da tonelada de carbonato de lítio saiu de US$ 13,8 mil no ano passado para US$ 84 mil este ano.
A corrida pelo lítio – também conhecido como “petróleo branco” – não parte apenas de Elon Musk e suas tentativas de construir uma mina em território americano para abastecer os carros da Tesla.
No Brasil, a canadense Sigma Lithium, listada nas bolsas de Toronto e Nasdaq, está construindo uma mina de lítio na região do vale do Jequitinhonha e sinalizou que vai produzir comercialmente já em 2023 material de alta qualidade para as baterias de carros elétricos. O que coloca o Brasil no rali do petróleo branco.
A planta não utiliza nenhum componente químico para a purificação de lítio, reutiliza cerca de 90% da água consumida no local e faz o empilhamento de rejeitos a seco – evitando, assim, o uso de barragens como as da Samarco, que romperam em Mariana e em Brumadinho.
Por: Janaína Ribeiro/InvestNews