Está muito claro que mesmo pessoas capacitadas hoje em dia tem dificuldades para bancar moradia, alimentação, enfim o básico para si mesmas.
Se a pessoa tiver um filho, aí que a conta não fechará de forma alguma. O risco de se gerar uma criança que crescerá em condições precárias será muito alto. Isso se torna ainda mais evidente em um cenário em que tem sido comum as pessoas viverem acima dos 85 anos, atrasando a passagem intergeracional dos ativos de pais para filhos.
Todos queremos que nossos pais e avós vivam muito, mas precisamos ser sinceros e admitir que as novas gerações estão quebradas financeiramente também por conta disso. O prolongamento da duração da vida de uma geração inteira coincidiu com a maior expansão populacional da história, na chegada da geração subsequente. Isto é inédito na história da humanidade e precisa ser levado em consideração.
A solução para muitas famílias continuarem a existir será admitir que os filhos não são mais um empreendimento apenas dos pais, mas um empreendimento de toda a família. Se os avós querem que a família continue a existir, terão que ajudar. Não dá para os boomers ficarem sentados em cima dos ativos e exigir que as gerações subsequentes se virem do jeito que der.
Por: Math invest
