A delação premiada do ex-diretor financeiro da americanas s.a. derrubou a narrativa de “desconhecimento geral”. Bancos, auditores, conselheiros, comitês de crédito e compliance — quantos destes personagens sabiam? Ou fingiram muito bem que não sabiam.
👉🏻 NÃO foi um esquema de amadores! Teve manipulação contábil, ocultação de passivos, uso de informações privilegiadas, distorção de fluxo de caixa. Tudo para bater metas, garantir bônus e manter o preço das ações.
O mecanismo? O velho conhecido “risco sacado”, aquela engenharia financeira em que o fornecedor antecipa um valor via banco com o aval da empresa compradora (a Americanas). Só que no balanço… isso sumia! Era registrado como verba de marketing cooperado. A manobra permitiu inflar resultados e esconder R$ 25 bilhões de dívida. 😱
E os bancos? Todos ganhavam: spread alto, crédito com risco reduzido (já que a Americanas era a “âncora”), e operações disfarçadas de venda. E ainda têm coragem de alegar que a fraude era “difícil de detectar”. Difícil? Ou conveniente?
E os comitês de crédito e
compliance? Alô, Itaú Unibanco e Santander vocês não aprovam crédito bilionário sem due diligence. E não é de hoje que o modelo do “trio 3G” pressiona resultados a qualquer custo. Quem empresta bilhões sem uma lupa?O mais curioso é que estes mesmos bancos pediram ARQUIVAMENTO de ação criminal contra ex-diretores da Americanas, fruto do “acordo” celebrado entre as empresas. Entendeu? 🧐
As auditorias também brilham no show: 👇🏻
☑️ A KPMG trocou o termo “deficiências significativas” por “recomendações que merecem atenção”. 6 dias depois foi desligada.
☑️ A PwC sugeriu à Americanas uma reescrita em documentos sobre risco sacado — para não parecer risco sacado.
Isso é compliance ou assessoria de encobrimento? 🫣
O Ministério Público já denunciou 13 executivos, incluindo o ex-CEO Miguel Gutierrez, por associação criminosa, insider trading, manipulação de mercado e falsidade ideológica.
Casos anteriores de fraude com risco sacado no Brasil? 👀
Sim! 👍 A Via Varejo, em 2019, usou o mesmo mecanismo para esconder dívidas. Lá fora, o método muda, mas a lógica é idêntica: esconder dívida para parecer saudável. Enron, Lehman e companhia sabiam bem.
A
fraude da Americanas não foi uma falha. Foi projeto. E se bancos, auditorias e conselho permitiram… então tem coautor.E você? Ainda confia nos balanços que lê?
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